segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caos.

Ah, o caos! Caos dentro ou fora? Um vai, outro vem. Eu. Invisível. Sozinha. Na multidão. E vejo. Vejo o vazio dentro de mim. E vejo fora. Mas não enxergo. Não enxergo além do que vejo. Ver além, sabe? Sentir com o olhar, essas coisas que vez em quando eu consigo fazer. O que vejo agora é vago. Rostos. Dores? Alegrias? Lutas? O que há por trás de tudo isso que vejo e não consigo enxergar? Que rosto é esse que penso que conheço? Conheço? Amarelo, moreno, branco, marcado. Que marcas são essas que acho que sei de onde vem? O olhar. É brilho ou são lágrimas? Que olhar é esse, indecifrável, que penso que sei ler? O que há por trás dessa gente? Que vem, que vai e não fica? Que me esbarra, que passa e não me leva. Que passa e não deixa nada. Qual a luta desse homem? Qual a dor desses olhos? Qual o fardo, qual o peso, qual a culpa carregada por esses ombros? Quanto mais esse forte pode agüentar? Quanto mais até cair? Quanto já agüentou? Vai cair? Não. Quanto eu penso que posso decifrar? Quanto mais me enganar? Quanto esperar? Não mais esperar. Como não esperar?