sábado, 12 de maio de 2012

Quando?

Se eu sinto saudades de você?

Que pergunta idiota. Ofensiva até. E olhe que é apenas minha imaginação fazendo você me perguntar isso. Pra que eu possa, talvez, responder em um e-mail imaginário e te falar de todo esse sentimento que me sufoca e me maltrata, mas que guardo para mim. 
Sim, guardo, pois não há mais espaço para ele na tua vida. E nem na minha. Mas ele insiste em ficar. 
E aí eu sinto saudade de coisas que eu nem lembrava ter vivido com você, ter sentido com você. E me desespero por não poder te falar dessa saudade. Me obrigo a ser menos ridícula do que fui até agora. 
Queria te falar de como penso em ti tantas vezes ao dia que nem consigo contar. Como me pego lembrando de coisas que estavam (quase) apagadas da minha memória, como sinto falta de conversar com você, ah.. como sinto falta de ter teu amor. Queria te dizer como não consigo imaginar um dia em que eu não sinta mais isso por você. E aí eu penso: mas ele conseguiu. Hoje ele está com outro alguém. Então eu posso conseguir também. Então PORQUE, PORQUE eu não consigo imaginar esse dia chegando? Queria te dizer que essa Lua cheia no céu, sendo reverenciada por todos, me dá raiva porque ainda me faz pensar em ti e porque você disse que ela sempre te faria pensar em mim. Mas em algum lugar debaixo desse céu, enquanto a lua cheia brilha, outra tem teu carinho. Queria te falar de tudo isso que ainda me atormenta, daquela música que fiquei de te mandar e não mandei, daquele livro que li o trecho outro dia e lembrei de ti. Tenho tantas coisas por dizer e nenhum espaço para elas. Preservar. Preservar a mim mesma de outro contato contigo para que, quem sabe, possa te esquecer mais rápido. 
Aquela fotografia minha que fiquei de te mandar e não mandei? Ainda bem. Não há mais espaço nos teus porta-retratos para minhas fotografias e elas se sentiriam muito ofendidas de serem trocadas por outras, assim como me sinto. Mas, lá no fundo, se sentiriam tão felizes por ti, por tua felicidade, por novas fotos, coloridas, ocupando o lugar das velhas. Sei que minhas fotografias se sentiriam assim pelo amor imenso que sei que elas têm por ti, e porque, estando ao teu lado por tanto tempo, conhecem o melhor de ti e sabem que tu mereces o melhor de alguém. Mesmo que não seja eu. 

Quero que você seja feliz. Hei de ser feliz também, depois. 

Quando?

6 comentários:

  1. Ouwn Lívia, sei bem como é isso. De tentar esquecer e não conseguir. Mas a gente tenta, um dia a gente consegue. Enquanto isso é preciso ocupar a mente com tanta coisa para que não haja espaço pra pensar nele. Vivo isso.

    Beijos queriida, que saudade daqui. ;*

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  2. Bem, vivem me dizendo que o que é nosso está guardado. Só não sei onde! =/

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  3. Parabéns pelo blog,simplesmente fantástico o seu post,a sua forma de escrever..
    Adorei o seu cantinho.rs
    Se quiser da uma passadinha no meu:
    http://comamoremaiscaro.blogspot.com.br/

    grande beijo.sz

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  4. Bom saber que tu voltou à escrita ... tava sentindo falta de coisas objetivas, claras e bem ditas.
    E sobre o "quando" não existe medidas, eu confio que tu saibas no que tu realmente acreditas.

    Saudações!

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  5. Palavras sinceras que sei bem como é...
    Estou te seguindo de volta. :)

    Bjs *

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  6. Vê se escreve,ando cansado de livros.

    Saudações

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