terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2012.

Não postarei algo escrito por mim, como tanto gosto de fazer quando mais um ano se vai, porque ainda não encontrei onde as palavras se esconderam dentro de mim. Elas andam sumidas e isso muito me incomoda. Mas postarei um texto de um e-mail que recebi e gostei muito.


"NÃO VOU LHE DESEJAR UM FELIZ ANO NOVO.


Não vou desejar que nesse ano encontre paz e felicidade permanentes. 
Não vou desejar que supere todas as suas metas e vença todos os desafios, encontre alegria no amor, fique rico e seja sempre a pessoa mais linda e simpática do planeta (mas vou desejar saúde. Porque com saúde não se brinca).


Não vou desejar que 2012 seja o melhor ano de todos os anos de sua vida. 365 dias é muito pouco para todas as conquistas, todos os desafios e tudo o mais que deseja fazer, ser e ter. 


Esse ano, quero desejar outra coisa.
Desejo que se lembre de todas as conquistas que teve. Que olhe para trás e veja tudo o que foi aprendido, se lembre de todas as pessoas que apoiaram e quem você foi em todas essas situações.


Que determine a vida que quer levar. De repente não é a que está levando agora, a que seus pais querem que leve. Ou seu amor. Ou seus amigos. Ou sua comunidade. Pare e pense na vida que você quer ter.


Escolha as pessoas que lhe acompanharão. Aquelas que agregam, que lhe dão apoio em todos os momentos. Escolha as que quer ao seu lado e querem estar ao seu lado. Descubra o que lhe dá prazer e trabalhe para que seja constante em seu dia-a-dia. Faça o que você ama e ame o que faz. 


Reconheça as características pessoais que não gosta e aprenda a mudá-las (ouaceitá-las). Você pode ser uma pessoa melhor todos os dias. Por que quem você quer ser já está dentro de você. Então, procure. Insista e não desista.


Sim, um ano inteiro é muito pouco para tantos desejos.
Então, vamos lá. Procure dentro de você a força que precisa. Suspire fundo. Comece. Agora.
Sua vida está esperando.




Feliz vida para você."

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nós.

Que Deus me ajude a desatar esses nós. Que eles afrouxem, se desfaçam, libertem todas as mágoas, decepções, abandonos, tudo de ruim que estiver me apodrecendo. O caso está tão sério que nem falar sobre isso, escrevendo, eu consigo. Não sei que pragas jogaram em mim. Logo eu, tão falante sobre meus sentimentos, tão aberta sobre minhas mágoas, faço questão de colocar tudinho em pratos limpos, nada de coisas subentendidas, mal ditas, nada disso, gosto de tudo claro. Principalmente quando diz respeito a amizades. E amizades preciosíssimas. Acho que fui esperando tempo demais, deixando meu orgulho (que há algum tempo nem existia) falar alto demais, e esperando o momento certo de jogar tudo pra fora fiquei sem saber como jogar.
Agora estou aqui, cheia de nós. Não sei como desatar. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Ajuda.

Estou participando de uma promoção muito importante pra mim.

Tudo que preciso é que meu vídeo, que só tem 1 minuto, tenha muitas visualizações.

Estou tentando de todas as formas divulgar o vídeo, por isso to colocando aqui no blog. Se você passar por aqui, por favor, veja o vídeo!

http://www.youtube.com/watch?v=HFPPb8MN4Mg

Sei que é pedir demais, mas se você tem um ídolo, ou já teve, e ele foi muito importante pra você, e você estiver em um dia de fazer caridade (hahhahaha) divulga meu vídeo? Coloca no seu blog pelo menos um dia, sei lá! Só sei que preciso realmente de ajuda. E mais terá de volta pra você, tenho certeza.

Bom, é isso. Obrigada!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Acabei de perceber que estou procurando por coisas simples. Andei pensando em viver sem amor. Sim, sem um amor. Apenas não esperar mais, não procurar mais e não querer mais. É mais simples. Não tenho culpa de estar querendo me livrar de coisas complicadas, buscas incessantes, medos. E essa história de amor, relacionamento com outro, é meio complicado pra mim. Sem complicação. Mas não sou essa pessoa que conseguiria viver assim, eu acho. Possuo um nível de carência que não me permite isso. Andei pensando também que certas coisas não precisam ser explicadas. E não é falta de paciência, juro! É que eu gostaria de dizer “Não estou me sentindo bem aqui.” E gostaria que as pessoas dissessem: ok, vamos embora. E não ficassem supondo, interrogando, questionando, encontrando motivos e me fazendo dar outros em minha defesa. Sei que é bobo, o que custa explicar e pronto? Não quero. Sou birrenta, sou teimosa, botei na cabeça que não quero complicação! E é tão mais simples, eu não estou me sentindo bem, à vontade, não importa se eu já vim imaginando que ia ser assim, se eu cheguei bem e fiquei dessa forma, importa que é assim que estou me sentindo e fim de papo. Mas nós sabemos que não é assim, que as coisas não são simples dessa forma, que não conseguimos ignorar a maioria das coisas que temos vontade e que uma transa (nesse momento meu computador me corrigiu e mandou substituir transa por “relação amorosa”. Nem toda transa é uma relação amorosa, querido computador) com um cara que tem namorada nunca vai ser só uma transa. Nunca vai ser só prazer. Vai ser culpa, arrependimento, talvez, vai ser um milhão de coisas, menos só uma transa. Não sei se pra você ou pra ele, mas pra um dos dois vai ser muito mais do que uma transa. E eu estou meio farta de tantas complicações, de tantas perguntas, respostas, cobranças. Sabe, ir vivendo, tipo “relaxa baby e flui: barquinho na correnteza, Deus dará.” É o que eu gostaria. Mas como milhões de coisas que eu gostaria que fossem e não são, essa é só mais uma. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caos.

Ah, o caos! Caos dentro ou fora? Um vai, outro vem. Eu. Invisível. Sozinha. Na multidão. E vejo. Vejo o vazio dentro de mim. E vejo fora. Mas não enxergo. Não enxergo além do que vejo. Ver além, sabe? Sentir com o olhar, essas coisas que vez em quando eu consigo fazer. O que vejo agora é vago. Rostos. Dores? Alegrias? Lutas? O que há por trás de tudo isso que vejo e não consigo enxergar? Que rosto é esse que penso que conheço? Conheço? Amarelo, moreno, branco, marcado. Que marcas são essas que acho que sei de onde vem? O olhar. É brilho ou são lágrimas? Que olhar é esse, indecifrável, que penso que sei ler? O que há por trás dessa gente? Que vem, que vai e não fica? Que me esbarra, que passa e não me leva. Que passa e não deixa nada. Qual a luta desse homem? Qual a dor desses olhos? Qual o fardo, qual o peso, qual a culpa carregada por esses ombros? Quanto mais esse forte pode agüentar? Quanto mais até cair? Quanto já agüentou? Vai cair? Não. Quanto eu penso que posso decifrar? Quanto mais me enganar? Quanto esperar? Não mais esperar. Como não esperar?  

terça-feira, 16 de agosto de 2011

partida


Abriu as asas e voou. Pôde ver o céu enquanto se afastava dele, rezando pra estar chegando perto. As nuvens ficavam menores. Fechou os olhos, não queria mais olhar pro céu, logo chegaria nele, queria acreditar. E olhou pra dentro de si. Suas dores que não conseguira resolver, as pessoas que deixara pra trás com seu vôo, elas não podiam voar, tinham que ficar. As felicidades que tivera e foram ofuscadas por todas as infelicidades. O que a fez voar... Será que agora, enquanto se afastava do céu, ela ainda tinha vontade de voar? Será que estava plena? Quanto mais descia mais dores deixava pra trás? E queria realmente descer? Ou queria que seu corpo subisse? “Volte! Voe de verdade, me faça voltar!” Não. Não eram asas que ela tinha e ela não estava voando. Ela estava caindo. Não importa, pois ela estava caindo. E levaria mais alguns com ela, com sua falta, com a dor que deixaria.

Lívia Gurgel. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

cuando era mas tuya que mia

"Tal vez no encuentro valor
Para decirte adios
Y perderte por siempre sin explicacion,
Abrir mis alas al viento, para emprender el vuelo
Y olvidar que te quiero y dejarte ir"

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Discordando de Caio sobre agosto.

Começo minhas palavras usando as de Caio. “Para atravessar agosto é preciso, antes de tudo, paciência e fé.” Paciência pra uma nova adaptação e fé pra acreditar que tudo irá bem, que coisas e pessoas boas virão e junto com elas a tal da felicidade que Deus é quem sabe que eu preciso. Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir pouco, mas com gosto. Agosto pode ser também um mês sem amores. Um mês à espera dele. Pode ser um mês em que você pense, durante as noites, em nada. Ou no horário em que vai ter que levantar no outro dia. Não precisa arranjar uma Natália Lage, um Antônio Bandeiras, um João não sei das quantas para amar ou pensar durante as noites. Agosto pode ser um mês pra se encher de amor. Amor próprio. Agosto pode ser também um ótimo mês pra se começar a faculdade. Não procurar escapismos, apenas receber as novas obrigações e se concentrar nelas. Mas o principal de agosto é ir, sobretudo, em frente. E, se possível, ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto.

Foi incrivelmente diferente discordar de Caio. 

Selinho :)

Recebi esse selinho da Priscila. Muito obrigada, eu amei! *-* Foi o primeiro selinho que recebi! :D

E indico esses blogs: 




segunda-feira, 11 de julho de 2011

Desafio literário.

Respondendo as perguntas de desafio enviado pela Roberta (redcandy). Muuito obrigaada! 

1 - Existe um livro que você leria e releria várias vezes?
A menina que roubava livros -  Markus Zusak
Eu sou apaixonada por esse livro.


2- Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
A hospedeira - Stephenie Meyer
Na verdade eu comecei, parei, recomecei, parei, recomecei e recentemente terminei. Mas foi difícil. A história só me envolveu depois de um tantão de páginas.


 
3 - Se você escolhesse um livro para ler para o resto da sua vida, qual seria ele?
A cabana - William P. Young e O aleph - Paulo Coelho (porque me ensinaram e me deram força) e A menina que roubava livros, porque eu sou meeesmo apaixonada por esse livro.





4- Que livro você gostaria de ter lido, mas que, por algum motivo, nunca leu?
O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini.

5 - Qual livro que você leu cuja "cena final" você jamais conseguiu esquecer?
Breaking Dawn (Amanhecer) - Stephenie Meyer.

6 - Você tinha o hábito de ler quando criança? Se lia, qual tipo de leitura?
Não..

7 - Qual o livro que você achou chato, mas ainda assim o leu até o final?
Os livros que eu lia na escola, obrigada.Não lembro quais, mas eu não gostava de ler, todos eram chatos pra mim.

8 - Indique alguns dos seus livros favoritos.
A menina que roubava livros, lógico!


Repasso o desafio para:



terça-feira, 5 de julho de 2011

I do believe.


?

Que todas as pessoas, todas elas, fossem mais felizes. Que houvesse mais tolerância, mais respeito, mais amor, mais verdade, mais justiça, mais confiança, mais paz, humildade, honestidade. Que as pessoas só oferecessem aquilo que pudessem dar. E que dessem todo o amor que pudessem. Que só se plantasse aquilo que fosse verdadeiro.. no final das contas é só disso que precisamos. Que todas as pessoas tivessem força pra levantar depois de uma queda. Força pra perdoar uma mentira. Sorrisos pra oferecer a quem precisa. Coragem pra lutar pelo bem. Que existissem mais amores bonitos, como os de Artur da Távola, que fosse Doce, como queria Caio, que fosse apaixonante como foi aquela menina com uma flor pra Vinicius e até mesmo que de tudo ao seu amor todos fossem atentos. Que as pessoas tivessem fé, lutassem pelos seus sonhos, acreditassem no outro, em si mesmas, em qualquer coisa.. Mas que acreditassem! Menos falsidade, ciúme e inveja! Saia com seu carinho de perto de mim se ele estiver cheio de hipocrisia. Menos corrupção, menos egoísmo, menos ganância, desprezo, ódio. Mais vida! Pessoas vivendo de verdade! Que a paz e o amor andassem mais juntos que de costume. Que eu fosse alguém melhor. Que você também fosse. Porque até nós que nos julgamos no direito de cobrar e de querer tudo isso estamos devendo muito ao mundo e principalmente a nós mesmos. Que um dia eu seja melhor. 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um olhar entre os dias.

O impacto é quase sempre brutal. Um tapa na cara que te deixa sem reação. Não tem choro. Tem as mãos tremendo, o sorriso bobo no rosto como quem diz "isso é uma piada!". O nó na garganta que só quem já sentiu sabe que é mesmo um nó na garganta, não é modo de falar. Passado o impacto, a surpresa, e já cansada de repetir "não da pra acreditar", vem a tristeza. O choro que parece vir quieto, calado, vai chorando, chorando, doendo. Chorando, chorando, se desesperando. Acho que é mais ou menos assim o primeiro dia. No segundo, você não quer levantar. Você se sente derrotada. Parece que levou uma surra da vida! E levou mesmo! (Como diria meu mapa astral: tendência natural para a encenação = drama. E se eu dissesse que não é drama?) Mas você levanta. Vê sua cachorrinha correndo feliz, se emociona.. e chora. De repente tudo ao seu redor te traz uma imensa vontade de chorar. Você nem ta pensando naquilo (por alguns minutos) mas a tristeza está lá e você simplesmente chora. E há que chorar mesmo. Chorar e se erguer depois. Depois.. sabe aquela tristeza que por alguns minutos, mesmo sem se pensar em nada, você sente? Ela fica ali. É assim o terceiro dia. Parece que aquela dor sufocante vai se anestesiando. Parece que ela vem desgovernada, leva tudo com ela e se choca com sei lá o quê, ficando quieta, tranquila, mas ainda ali. Chorando calada. E aí vem o quarto, o quinto e todo o resto de uma vida que ninguém sabe pra onde vai. Mas vai. Com ou sem você, e já sem você, boy. 
Ps: estou no terceiro dia e ainda repito "não da pra acreditar."
Ps2: Certa vez li que às vezes é preciso dormir, dormir muito. Não para fugir, mas para descansar a alma dos sentimentos.  Durante a primeira noite acordei, estava sonhando com aquilo que não deixava descansar minha alma dos sentimentos. E a única coisa que eu lembro que falei quando abri os olhos foi "Meu Deus, eu preciso parar de pensar nisso, eu preciso descansar!" E dormi. E não sonhei mais.

Lívia Gurgel
(Escrito no terceiro dia, que não é esse em que estou postando)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pálpebras de Neblina.

Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/que era sofrer?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia -coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia Tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto de alguém que me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi. Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela. Cabelo malpintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olhava a rua. Na mão direita tinha um cigarro, na esquerda um copo de cerveja. E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo. Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega.Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos. Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei à Paulista compreendi um pouco mais. Aquela prostituta chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 87: explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e me-do.Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela prostituta? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça vadia chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "porquê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?


Caio Fernando Abreu.


-


Grande Caio, como eu gosto de chamar. Como é possível que eu tenha me identificado com o narrador do inicio e logo depois com a prostituta? Digo, com os sentimentos deles. Ou ainda, com o sofrimento. Acredite, eu me sinto como eles nesses versos. E aí eu paro e penso nos versos de Cecília "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/que era sofrer?" 
Nunca tinha lido esse texto, só o trecho: "Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui." E me sinto imensamente triste quando não consigo fazer isso. Mas quando querer cuidar da dor do amigo mexe na minha, aí não. Aí eu corro, volto, não pergunto, não por enquanto, mas digo que estou lá. Mesmo me sentindo imensamente triste. 


"Dói tanto!" Se é daí que nascem as canções, alguém faça uma canção, por favor!

HappyBDayAnahi [14 de maio]



"Es mi cumpleee!:)mil gracias a todos! Cada mensajito me ha llenado de felicidad! Que la vida les regrese todos esos buenos deseos al triple!"

"Sé muy bien que solo soy un fan de corazón que no te para de soñar cada dia mas. Pero se tambien que entre la multitud alguna vez pudieras ver la luz sobre mi piel para reconocer el amor mas fiel."
Só pra não deixar passar em branco aqui o aniversário dela. Porque eu sou louca por ela. Porque ela é forte. É verdadeira, doa a quem doer. Porque é autêntica, porque nos diz pra sempre acreditar, ter fé e seguir lutando e sonhando. Às vezes a gente precisa de alguém assim na nossa vida. Tenho tantos motivos pra falar do meu amor pela Anahí. Mas essas coisas por mais que a gente tente, não se explicam. Tenho certeza que ela vai continuar recebendo muita luz e muito amor por qualquer caminho que trilhar. HappyBDayAnahi! (L)



terça-feira, 26 de abril de 2011

buena vibra!

(Infelizmente esse post ficou maior do que eu imaginava, mas acho que se alguém se dispuser a ler vai sentir pelo menos um pouquinho da alegria que eu quis passar!)

“Ya casi es mi cumple y tengo tanto q agradecerle al universo... Gracias a cada personita q esta en mi vida y la hacen tan feliz.

Começo esse post com uma twittada da minha tão, tão amada Anahí. É, estou chegando aos 18 anos, e estou tão empolgada, tão feliz. Diferente de ano passado, minha mãe não estava em Fortaleza, eu estava em pleno terceiro ano, estudando feito louca e meu aniversário caiu em plena quarta-feira. Ou seja, nada de festa, nada de sair pra comemorar, fiquei na bad, bad bad bad a pior bad de todos os aniversários e foi horrível, porque eu amava meu aniversário.. Até ano passado. Mas esse ano esta completamente diferente, minha energia esta positiva, eu estou feliz, vou sair pra comemorar, só quero abraçar quem eu amo, quero agradecer a Deus por tudo esta indo bem, tudo esta legal, “um legal tão batalhado, tão merecido, de costas e pernas doendo, mas com o coração tranquilo”. Opa. Tranquilo e coração na mesma frase? Por incrível que pareça. Não esta tranquilo como eu gostaria que estivesse, ainda sinto ciúme, ainda tenho mágoas e o pior, ainda sinto saudade. Mas eu sei que um dia ele vai estar suuper tranquilo. E também, se não estiver, não tem problema, se minha fé, minha força e minha felicidade estiverem aqui esta tudo legal. Engraçado que fazendo uma coisa tão boba, que eu nem lembro mais o que era, hoje eu pensei: gente, eu sai de um relacionamento. Então é assim que é sair de um relacionamento? Tudo bem, então eu sai de um relacionamento. Eu nunca tinha parado pra pensar isso e lendo acho que da até vontade de perguntar: e dai minha filha? Mas não sei, me peguei pensando nisso enquanto fazia algo rotineiro e me dei conta de que sai de um relacionamento. Mas voltando aos meus agradecimentos à vida. Acho que não tinha comentado antes aqui no blog, mas eu passei no vestibular. PRECISO deixar escrito aqui toda a loucura que foi isso. Lembro que no começo do ano comentei em um post que não havia passado e que estava desolada, triste e não aceitava. Pois bem. O novo sistema de seleção usado em Fortaleza se chama SISU. Minha nota de redação veio em torno de 600, o que nunca na minha vida aconteceu, e isso fez minha média ficar 704, o que não é baixa, mas que pro meu curso estava inferior ao necessário, porque é bem concorrido aqui. Se minha nota de redação tivesse sido 650 ou até 700 que ainda é baixa, mas é melhor que 600, eu teria entrado no curso de boa. Houve três chamadas e eu não entrei. Lista de espera: eu era a 11ª e chamaram até a 10ª. IMAGINE! Porém eu havia passado em uma cidade aqui perto de fortaleza, e fui, porque não estava conseguindo aceitar que todo meu grande esforço ano passado tinha sido em vão. Chegando lá tive que decidir voltar para o cursinho porque não estava aguentando ficar em uma cidade desconhecida, longe de casa e tudo mais. Voltei para o cursinho com mais responsabilidade ainda, mas aceitando melhor. Até que duas semanas depois, me ligam da UFC de Fortaleza e me avisam que sobraram duas vagas e como eu era a próxima na lista de espera eu estava dentro. Três dias depois também recebo a notícia que passei na estadual. INCRÍVEL. E aqui estou eu, de férias, pois só vou entrar na faculdade no segundo semestre. Faculdade de Psicologia, acho que não comentei. Então, diante disso, acho que tenho muito que agradecer a Deus! Não só por ter conseguido a vaga na faculdade, mas por ter saído de um relacionamento e estar aqui, vivinha! Dói, demora, parece que não vai passar, mas eu tenho em mente que vai! Mamãe me mandou parar de ser pessimista! Agradecer também por todas as coisas que passam despercebidas e não deveriam. Por todas as pessoas que estão na minha vida, que são maravilhosas, por todo o crescimento que Deus me proporciona, pela força, pela fé que nunca me falta, pela proteção, saúde, pela alegria! Obrigada meu Deus por TUDO que o Senhor me manda e principalmente por estar na minha vida. Por isso coloquei o que a Anahí disse, no começo do post, porque tenho muito que agradecer ao universo, por conspirar, por toda minha felicidade, por tudo que já tive, por tudo que teve que partir, mas que esteve aqui, por tudo que virá. Eu sei que posso passar por tudo. E principalmente agradecer pelos meus 18 anos de vida e pela pessoa maravilhosa que me trouxe ao mundo! Então espero que se alguém teve paciência e disposição de ler esse imenso post, que esse alguém esteja sentindo pelo menos um pouquinho de alegria e felicidade que era o que eu queria transmitir pra todos hoje! Passar um pouco de energia positiva, de bons pensamentos e de fé, fé para acreditar que tudo pode melhorar e que somos capazes de tudo suportar.
 Brindemos por ti, por mi y por el placer de estar vivos...

E termino o post com algo que li em outro blog.. “Não só de posts tristes se faz um blog!”  :D 


segunda-feira, 18 de abril de 2011

te extraño


Y asi lo que un dia fue ya no es.
(...)
Quiero olvidar que algun dia me hiciste feliz.

"Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo."
Porque às vezes parece que esse impulso esta em falta? Que esse impulso não esta fazendo o que deveria, não permitindo que essa dor insista por muito tempo? Cadê meu impulso? Acho que hoje ele tirou férias, eu estava indo bem, mas hoje, hoje eu andei muito mal.   
"Não foi nada. Deu saudade, só isso. De repente, me deu tanta saudade."



terça-feira, 12 de abril de 2011

Sejamos Gays. Juntos.

abril 12, 2011


Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Tarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só 

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.


— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —


http://projetoeusougay.wordpress.com/

quinta-feira, 10 de março de 2011

mess




Confusão. Acho que sempre vou ser isso, uma confusão. Uma explosão de sentimentos que me deixam uma verdadeira bagunça. Uma hora quero que você se afaste, que você fique com o que você escolheu. Mesmo você vindo atrás, me da repugnância. Dias depois estou aqui, lutando pra manter esse sentimento que já se foi e que deu lugar a saudade. “e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho.” É assim que eu estou agora e eu queria que você soubesse, porque eu fico mesmo uma confusão em meio a todos esses sentimentos, a toda essa mágoa, essa raiva. Sim, raiva. Sinto raiva de tudo aquilo que acho errado e você faz. Sinto raiva de ter que aceitar que você faça porque não tenho mais nada a ver com sua vida e você não deve nada a ninguém. E porque eu tenho que conversar com você, recolher minha indignação, apenas porque não tenho mais nada a ver com sua vida? Não, não quero, quero gritar, apontar o dedo na sua cara, fazer todas as acusações que sempre estiveram entaladas, esbravejar e depois me sentir ridícula por ter explodido dessa forma, me sentir atordoada tentando rever a cena na minha cabeça e imaginar o que você esta pensando disso tudo. Quero me sentir assim perdida e sozinha no mundo e saber que você estará por mim. Mas não esta mais, tudo aquilo se perdeu, da mesma forma que a gente não vê como começa a gente não vê como termina, como aquilo tudo que fomos um dia, como hoje somos esse nada? Me diz, por favor, você também não consegue entender como hoje somos isso? Você lembra do que éramos, você ainda sente? Como? eu não entendo. Me pergunto até hoje, me indigno, quero gritar de novo, quero entender, eu e você não éramos assim, não éramos pra estar aqui. Não. Então porque? Porque às vezes estou tão segura do que sinto, do que se foi, e as vezes estou assim? Assim.. sem explicação. Raiva, mágoa, dor, amor, saudade, tristeza, fé, esperança, mágoa, amor. Amor? Oi, amor. Tudo se mistura dentro de mim e fica esse vai e vem, essa gangorra. Estou cansada. Estou farta! De todo esse ressentimento, de toda essa mágoa. De toda sua falta de paciência, de toda essa saudade de quando você se importava e me ouvia, não virava as costas de forma grossa! De todas as coisas erradas que pra você são certas! Eu estou farta! Então porque eu continuo nessa gangorra? Deus, Deus esta do meu lado, eu sei. Porque o perdão não vem logo? Porque alguém não vem logo e leva você pra longe? Eu quero isso? Eu preciso disso, é diferente. Não, talvez eu queira mesmo. Estou cansada, um dia bem, um dia mal, um dia cansada, um dia saudosa, estou cansada, cansada dessa bagunça dentro de mim.  beautiful mess.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

limite.

Tres ideias:
1) Imagina uma ferida na sua pele, em carne viva. Imagine alguém passando o dedo nela, bem de leve. Aquilo nao deveria causar nada em voce, se seu braço nao estivesse com aquela ferida em carne viva. Mas aquele toque, aquele MÍNIMO toque doeu, e doeu muito. E se aquela pessoa pressionasse o dedo sobre seu machucado, em carne viva? Voce provavelmente iria gritar de dor. As vezes parece que meu coraçao ta assim. E um simples desentendimento, um silencio, ou aquela palavra que foi ou que nao foi dita parece com esse leve toque, mas que dói, porque o coraçao ja ta tao machucado.. E aquela briga, aquela decepçao, aquela raiva sentida mais parece com aquele toque pressionado sobre seu braço, que nao deveria doer tanto assim, mas ta fazendo voce gritar, voce chorar, voce sentir que nao aguenta mais, voce querer dar dois, tres, cinco passos se forem necessarios para que aquela dor passe, que voce esqueça o que precisa esquecer. Porque nao existe mais o "don't forget". Vá lá e apague aquele album.

2) Voce já viu como os viciados aparecem no alcoolicos anonimos nas novelas? Eles nao se comprometem a parar de beber para sempre. Eles se comprometem a naquele dia nao beber. E no próximo, ao acordar, a mesma coisa. Um dia de cada vez.
(Algum Professor que conseguiu chamar minha atençao naquela manha sonolenta)
[Viver um dia de cada vez, sentir saudade e nao ter medo de chorar.]

2) - Olha como ta sua unha, ta enorme. Lembra como ela era?
- Pequena, toda roída.
- O que voce fez pra ela ficar assim?
- Cuidei dela.. e pensei: parei de roer, me esforcei pra ela crescer bonita.
- Pois é.. voce teve que se esforçar. Tudo na vida é assim, a gente tem que cuidar.. Entendeu?
(Mae)
Sim, eu tinha entendido, preciso cuidar do meu coraçao até ele ficar bom de novo.

O limite foi alcançado, nao tenho mais nenhuma dúvida. E agora?

domingo, 30 de janeiro de 2011

...

Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim. Quer dizer: não sei o que fazer com meu espírito.
Sem colocar autor, porque nesse momento é como se essa frase fosse MINHA.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

but I, I gotta be strong..

''Te desejo uma fé enorme. Em qualquer coisa, não importa o quê. Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias. Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa. Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma. Certo, muitas ilusões dançaram. Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Que seja doce!'' (Grande CaioF.)
Um amigo me mandou esse texto por scrap hoje e foi muito importante pra mim porque estou precisando mesmo de esperanças novinhas em folha, todos os dias. E acho que isso é o que mais vou precisar durante todo esse ano, esperança. Não só esperança. Vou precisar de força, garra e de vontade de alcançar meus sonhos. E de coragem de seguir em frente sem um certo alguém e de deixar que esse alguém siga em frente. Força pra ver nossos caminhos cada vez mais separados. Força pra não pensar no que eu sei que vai me fazer sofrer. E pra não pirar de ciúme ¬¬ É simplesmente deixar ir. Desapegar. É tão difícil. Preciso me focar nos meus estudos, ficar perto de Deus, porque Ele vai me dar força sempre que eu precisar, quando chegar 5 da tarde de uma sexta-feira e eu precisar continuar estudando até as 7 e estar de pé no sábado as 6 da manha. Sei que só Deus pode me ajudar a me desapegar, a deixar a vida seguir em frente, a aceitar que alguns sonhos.. você deve deixa-los ir. E eu preciso fazer isso. Assim como preciso continuar mais um ano estudando tudo que já estudei nesse ano que passou pra conseguir fazer o curso que eu tanto quero, conseguir passar no Vestibular. Todo esse ano eu estudei, estudei muuuuito e com muita fé que eu ia passar, e não passei. É aquele balde de água fria que jogam em você e você fica desapontado, sem esperança.. e não consegue entender porque não foi a sua vez. Eu sei que não consigo entender, mas sei que tem um porque, só Deus sabe o que é melhor pra mim. Mas fica aquela coisa.. você se vê no cursinho sabendo que não passou uma vez e que pode não passar de novo. É medo que dá de estudar tudo de novo em vão. De jogar dinheiro suado fora de novo. Nossa, é tanta coisa que vem na cabeça que eu nem sei. Só sei do que eu preciso fazer, mas não sei direito como começar a fazer. Mal tive férias e já vou começar de novo. Mas eu preciso e vou começar, com mais garra e mais força, eu sei que vou. Porque nunca vi ninguém ganhar nada na vida sem esforço. Então é isso, eu desejo sorte pra mim e espero que esse ano me surpreenda..

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

I ♥ RIO

To indo pro Rio amanha. Essa cidade que já me acolheu algumas vezes e que sempre me faz feliz. Alias, não sei se é a cidade ou a minha amiga/irmã que mora lá que me faz tão bem. O mais incrível é que conheci ela aqui na internet, nos falamos pelo computador durante uns dois anos, sei lá, sou horrível com períodos, datas, tudo isso de se orientar, até que fui pra lá conhecer ela. Muitas vezes é essa amiga que mora tão longe que me passa segurança, mais até do que pessoas que estão do meu lado todos os dias! E muitas pessoas não entendem como isso pode ser verdadeiro, mas já nao tento explicar, porque tem coisas que só quem vive e quem sete pode entender. É preciso sentir para crer. Mas acho que além dela a cidade me faz bem. Me encanta, me consola, me cuida. Não sei, mas sinto uma coisa muito boa quando to lá. Já corri pra lá quando tava só o caco. Já corri pra lá quando tava cheia de luz. É pra lá que eu sempre quero correr. Não sei se todo mundo tem um lugar assim que ama, mas eu amo o Rio. E to indo pra lá amanha. Tomara que seja ótimo, que nada de ruim aconteça e que Deus me proteja em todos os momentos! Não sei nem como parei pra escrever aqui, dão 00:01 e nem a mala eu terminei, e meu avião sai as 09:00, haha! E menos de 24 horas pra eu ver minha lari! 

         ''férias, um porre e um novo amor''