quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Te amo por quase um segundo, depois te odeio mais.

Eu fiquei indignada. E eu posso ficar indignada, porque independente da relação existente (ou melhor: não mais existente) entre nós, sua vida ainda é importante, cara. E apostar um raxa com os amigos é irresponsabilidade. Eu costumo ser responsável. Me indigna uma pessoa crescida agir sem pensar nas consequências (falo dessas que podem, por exemplo, TIRAR SUA VIDA), como se tivesse onze anos de idade! ONZE! Fiquei putíssima por você se colocar em uma situação com esses riscos e o pior, os riscos se efetivarem. Porque você capota o carro e chega querendo o quê? Mão na cabeça? Já disse, procure com outra. Eu sei que você não quer sermão e eu não me importo. Você quis ir fazer raxa e agora não quer sermão? Se liga.
              Então é isso. Primeiro eu fiquei indignada. Absurdamente puta por você ter corrido esse risco sendo um cara crescido, agindo feito um retardado mental. Dai você me mandou, lindamente, ir tomar no meu cu. Isso, foi isso mesmo. Minha raiva triplicou. Lá estava eu, dando sermão por me preocupar com sua vida e querer você inteiro e você me manda ir tomar no cu. Não importa que diabos eu estava falando, mandar uma pessoa que você ~ama~ ir tomar no cu porque ela esta brigando porque você colocou sua vida em risco não tem justificativa.
             E me desculpem o palavreado, mas até esse momento eu estava escrevendo movida por raiva. E ela, dentro de mim, precisa ser colocada pra fora.
             Depois de muita raiva, acho que esse sentimento esta virando aquela tristezinha maldita, quando você para e pensa: antes, pelo menos, ele me respeitava. Não me mandava ir pra esse lugar feio. É, eu sei, foi na hora da raiva, mas ele mandou, e nenhuma raiva antes fez ele mandar. Aí é isso que você pensa e não quer mais pensar. Aquela realidade ruim de ser vista, sabe? Ela esta na minha porta agora.
             Sabe o que eu posso fazer quanto a isso? Nada. Ela existe e eu não posso mais mudá-la. E mesmo que eu tente, que eu abra meu coração e fale de como essa realidade é ruim, e que isso não se repita, eu já sei que ela existiu. Basta pra fazer minha raiva sumir e só ficar esse nó no peito.  E ah, eu também não espero palavras de conforto. Nem sei se existem palavras pra confortar isso, porque isso simplesmente existe e entristece. Só queria colocar pra fora, organizar as sensações dentro de mim.
             A sensação presente agora é entristecedora, o nó no peito.

4 comentários:

  1. Agora tu tá com raiva, deixa pra depois de amanhã pensar ...
    Tu mesma diz: " que se for amargo,que tu saibas apreciar, também!" penso que vale a pena pensar mais.

    Saudações.

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  2. Lívia, quando um relacionamento entre duas pessoas - independente de ser apenas amizade ou compromisso emocional - chega a este ponto é melhor afastar-se. Pensar... o tempo nos faz ver uma mesma situação em diversos ângulos. Mas dói... Melhor doer por não saber o que passa com a vida daquela pessoa que amamos do que assistirmos a tudo de perto. E pelo que vejo, ele deve estar querendo lhe enlouquecer, lhe fazer sentir culpada e pior: lhe tirar do eixo.
    Paciência... Paciência...
    Desejo à ti muita calma neste 2012. Vai precisar...
    O tempo é o pensador. O tempo é revelador. O tempo é a solução.

    Beijo doce.

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  3. É uma crônica literária ou um desabafo público?

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